Se pudéssemos escolher um doce como o mais representativo da confeitaria Argentina, provavelmente o alfajor seria o mais votado.
A tradição dessa iguaria permeia os 130 anos. A história, porém, nos leva um pouco mais longe, na origem da palavra al-hasu, que significa “recheado”. Como o torrone e o xarope, o alfajor é uma antiga invenção culinária de origem árabe, tradicionalmente feito de massa de amêndoas, nozes e mel.
Foi introduzido na Espanha no início do século VIII, quando os árabes derrotaram o último rei dos visigodos. A influência árabe permeia a península ibérica e os hábitos alimentares são um bom exemplo disso.
Com a posterior conquista espanhola em grande parte do novo continente americano, essas receitas começaram a se espalhar pelo mundo.
Na Argentina levou um tempo razoável para ser conhecido como “alfajor”, o que ocorreu no século XIX. Muitos atribuem a origem do alfajor à cidade de Córdoba, onde em certos redutos religiosos árabes preparavam estas receitas, incluindo bolos quadrados unidos por um doce feito de leite e açúcar, com um revestimento açucarado chamado de “cobertura”.
A industrialização do alfajor se deve a Augusto Chammas, químico francês que chegou à Argentina em meados do século XIX e abriu uma pequena empresa familiar em Córdoba, voltada para a fabricação de doces e compotas. A mudança não foi maior, mas essencial: em vez de quadrado, o novo formato passou a ser redondo, tal como a conhecemos até hoje com o nome de alfajor.
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